segunda-feira, 29 de junho de 2009

Controle Ambiental em Alergias


É chegado o inverno, e com ele as alergias do aparelho respiratório (rinites, rinosinusites “resfriado de repetição”, bronquites asmáticas, asma, etc...). Os indivíduos com essas doenças apresentam sintomas quando em contato com poeira domiciliar, que se desprende dos móveis estofados, com painas e penas dos travesseiros, com lã, com os mofos, com os animais domésticos e com os inseticidas. Para que o tratamento dessensibilizante com as vacinas seja eficaz, é indispensável que o doente mantenha sob controle no seu ambiente domiciliar todos os alérgenos (causadores de alergia).
  1. Praticar exercícios físicos e procurar vida ao ar livre. (Praia é melhor que piscina)
  2. Não fumar e não deixar que fumem no ambiente do alérgico.
  3. Protetor de colchão e travesseiro - usar sobre a cama do alérgico (disponíveis em casas especializadas em produtos para pessoas alérgicas).Se preferir, forrar o colchão e o travesseiro com material sintético como tecido emborrachado, nylon, napa ou curvim.
  4. No caso de outra cama no quarto do alérgico, está também deverá ser revestida.
  5. Solução acaricida (exterminadora de ácaros): Borrifar aos poucos no estrado da cama, rodapé e piso dos ambientes mais utilizados pelo alérgico 2 vezes por semana no primeiro mês, e depois, uma vez por semana.
  6. Evitar que as crianças brinquem em tapetes ou em locais repletos de poeira.
  7. Na limpeza da casa, remover a poeira dos móveis com aspirador, flanela ou pano úmido; nunca utilizar espanador ou varrer o ambiente.
  8. Não permanecer em casa nas horas de limpeza. Evitar arrumar camas, gavetas, estantes, etc. na presença de alérgicos.
  9. Evitar substância de odor forte: inseticidas, perfumes, desinfetantes, spray, etc.
  10. Cobertores e agasalhos guardados: devem ser retirados para que sejam lavados e expostos ao sol, antes de serem utilizados no inverno.
  11. Evitar estantes de livros abertas no quarto de dormir do alérgico.
  12. Não ter tapetes ou carpetes no quarto de dormir. Se não puder retirá-lo, deverá ser revestido com plástico apropriado (Clivinil).
Sem uma estreita colaboração dos doentes alérgicos, ou dos responsáveis, em se tratando de crianças, não se obterá êxito no tratamento.


Jonas N. Mozer (Biologista Clínica) Crbio 24363/02

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Palavra Pastoral - O que você vê da janela do trem?

É paradoxal o fato de termos sido criados por Deus como seres relacionais e termos tanta dificuldade em nos relacionarmos com os outros em nossas diferenças. Ultrapassa esse paradoxo o fato de não conseguirmos ter comunhão com nossos próprios irmãos. Estamos indo para o mesmo céu, somos salvos pelo mesmo Jesus, somos ramos da mesma videira e membros do mesmo corpo. Andamos juntos, mas parece que não há acordo.
Para ilustrarmos a contradição da condição atual de muitos cristãos, tomaremos o exemplo do viajante sentado à janela de um trem que se move em seus trilhos próprios, com sua própria velocidade e direção. Os trens que passam em sentido paralelo são outros trens, mas vão em direção similar e com velocidades não muito diferentes. Estes ainda são razoavelmente visíveis, quando olhados do compartimento do primeiro trem, e deles pode-se acumular alguma informação. Mas há também os trens que passam em sentido inverso. Deles não se pode adquirir senão uma impressão confusa, reduzindo-se a uma perturbação momentânea do campo visual. Sua realidade, na prática, provoca irritação, pois interrompe o curso normal da plácida contemplação da paisagem.
Somos pessoas diferentes, com personalidades e histórias diferentes, mas estamos indo na mesma direção. Não deveríamos ter uma visão distorcida dos nossos irmãos. Em que direção você está caminhando? Lembre-se, somos peregrinos a caminho dos céus. Há um só caminho, uma só direção.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Palavra Pastoral - Fazer o Bem, Sem Olhar a Quem

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam num mesmo quarto de hospital. A cama de um deles ficava junto à única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas, devido à sua enfermidade. Em suas longas tardes, eles conversavam por horas, falando de suas famílias e histórias pessoais. Quando a conversa se tornava melancólica ou quando alguma tristeza lhes sobrevinha, o homem que ficava perto da janela, com muito esforço, sentava em sua cama e passava a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora. Aquela janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água; crianças brincavam; jovens namoravam; velhos passeavam; bandos de pássaros faziam lindas manobras; e, ao fundo, a silhueta da cidade acentuava a beleza da visão. Enquanto ele descrevia tudo com extraordinário pormenor, o outro fechava os olhos e imaginava. Estes momentos tornaram-se preciosos para o que não podia olhar pela janela, pois, apesar de não poder ver o que o seu amigo via, seu mundo também era alargado e animado pela alegre descrição de toda a atividade, cor e vida que havia do lado de fora daquele frio quarto de hospital. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou sem vida o homem de perto da janela. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem, muito triste com a morte do seu amigo, pediu para ser transferido para a cama dele. Com ajuda da enfermeira, num esforço sobrenatural, ele ergueu a cabeça para contemplar o mundo lá fora, e tudo o que o viu foi uma parede de tijolos! A enfermeira, que várias vezes havia presenciado parte das conversas deles, percebendo sua perplexidade, ajudou-o a entender:


- Ele só queria que você se sentisse melhor...



"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desistido"
Gálatas 6.9.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Palavra Pastoral - Tanto tempo fora, que perdeu até o sotaque

Todos estes viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido;
viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

Hebreus 11:13


Desde crianças admiramos os heróis! Uns são fictícios, como os super-heróis dos desenhos animados, mas outros são reais e fazem ou fizeram parte da nossa história.
No capítulo 11, da carta aos hebreus, temos uma relação dos heróis da fé. Heróis que morreram sem alcançar a promessa, mas foram fiéis até a morte. Esses heróis confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Eles eram estrangeiros, mas o que isso significa? O que é um estrangeiro? Afirmar que estrangeiro é aquele que tem origem diferente da nação em que se está, é correto; mas não revela o que um estrangeiro sente e enfrenta. Residir em terra estrangeira envolve ainda hoje, com toda a globalização, um estigma. Pois um estrangeiro é alguém que tem cultura, idioma, forma de pensar e agir diferente. Um estrangeiro, por mais tempo que resida em outro país, ainda tem sotaque, salvo as exceções. Um estrangeiro é uma pessoa esquisita. No mínimo diferente.
Precisamos nos reconhecer como estrangeiros. É triste a realidade de que como estrangeiros e peregrinos, por vezes, não tenhamos nem sotaque; muito menos desejo pela pátria celeste!
Como cidadão dos céus você é estrangeiro neste mundo. Há algo em você que lembre sua verdadeira pátria? Ou você já perdeu a cultura, o pensamento e até o sotaque? É triste, mas há irmãos que não têm nem sotaque de crente.
Não se esqueça você não é deste mundo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Peregrino - Levo uma coisa... Algo indescritível!

Preciso me apropriar da poesia de Carlos e desapropriá-la de tudo que ele quis para expressar a visão que tenho de um João chamado John Bunyan.
Leia comigo parte do poema Carrego Comigo:

Sou um homem livre
mas levo uma coisa.

Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.

Não estou vazio,
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível.

Carlos Drummond de Andrade

John Bunyan era um João, não direi um joão ninguém porque seria um ignorante engano, mas um João comum, como tantos "joões", com uma história nascida simples.
João, trabalhava com o pai, ferreiro da vila de Tarish Tinker, no interior da Inglaterra.
Com 16 anos alistou-se no exército e foi à guerra, saiu aos 19, aos 20 casou-se com Mary, aos 26 enviuvou, aos 31 anos casou-se com Elizabeth, já morando em Bedford, tornou a enviuvar.
Ele era alto, tinha cabelos ruivos, um nariz proeminente, uma boca bastante grande e olhos brilhantes.
Ele tinha uma coisa.
Eu sei o que João levava: fé, e não havia sido escolha dele e sim de Deus a fé vigorosa que carregava.
Aos 25 anos é batizado na fé cristã, e João era livre para viver sua fé como quisesse!
Aos 27 anos começa a pregar e contraria muitos pregadores ilustres, conseguindo provocar discussões históricas.
Ele escolheu alcançar o alvo da fé trilhando o caminho mais difícil!
Aos 30 anos foi processado por pregar sem licença, todos os pregadores tinham que ser licenciados, pois pregavam contra a fé do rei da Inglaterra!
Era simples: pregava, era preso por no máximo três meses (sem direitos humanos!), prometia não pregar mais e era liberado.
Quando perguntado se pararia de pregar quase posso ver nos olhos de nosso João como resposta uma versão inglesa do “não estou vazio, não estou sozinho, pois anda comigo algo indescritível” de Drummond, ou um “não sou eu mais quem vive, mas Cristo vive em mim” do apóstolo Paulo.
John Bunyan trocou três meses de prisão por 12 anos!
Por 12 anos em que foi inquirido mês a mês se pararia de pregar para ter liberdade, disse não por trazer algo indescritível dentro de si!
Algo que não o deixou vazio ou sozinho nos 4.380 dias de prisão!
Mas por fim foi libertado.
E o que ele fez pouco tempo depois?
Foi pregar numa prisão e foi preso por mais 6 meses. Só foi liberto porque as pessoas leram o livro que escreveu quando estava preso!
Sua prisão foi resultado não do que pregava, mas por ter vivido o que pregava!
Sua liberdade foi resultado da Inglaterra ter admirado o homem que fez a livro.
Quais foram as dificuldades, João?
Onde estão seus inimigos, João?
Quem era o Rei da Inglaterra, João?
São pedras esquecidas em quase 400 anos de história!
Mas o filho do ferreiro da vila é autor do livro mais lido e traduzido do mundo, depois da Bíblia. Hoje há mais de 5.000 referências em sites de busca na Internet com o seu nome!
O simples João, John Bunyan, não pode ser esquecido porque carregava algo dentro de si!
O algo indescritível que ele carregava em si foi descrito no livro O Peregrino:

Não desistir nunca do que é mais importante, não perder de vista o valor real do seu prêmio, não tirar os olhos do alvo.

O simples João, John Bunyan, não pode ser esquecido porque carregava algo dentro de si: a persistência necessária para não desistir do que acreditava!
O que você carrega dentro de você?
Participe na enquete ao lado!

Professora Eliete Duarte Ribeiro Mozer
Língua Portuguesa e Literatura

terça-feira, 2 de junho de 2009

Destaque


Estamos linkados no site do mundo cristão!
Para acessar o blog do peregrino a partir do site mundo cristão, clique aqui:

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Palavra Pastoral - O Senso de um Cego

Mc 10:46-52.

Óculos escuros, bengalas e cães-guia; remetem-nos à figura de um cego. Mas a deficiência visual, como qualquer outra deficiência, deve conduzir-nos à superação. Os cegos normalmente desenvolvem mais o tato, o olfato, o paladar e a audição. O cego de Jericó certamente tinha desenvolvido estes sentidos, mas ele merece destaque não apenas por isso, e sim por ter demonstrado bom senso. Os seus sentidos super desenvolvidos podiam fazer dele um bom cego; mas o seu senso apurado o fez voltar a enxergar.
Do texto acima podemos destacar que o cego Bartimeu teve senso de urgência; senso de perseverança e senso de compromisso.
Ao ouvir um barulho diferente e ser informado de que Jesus de Nazaré passava por ali, ele logo entendeu que aquela poderia ser a sua última oportunidade de sua vida. Primeiro, porque como cego não dia procurar Jesus pelas ruas das cidades. Para a multidão a estrada era lugar de caminhada, mas para Bartimeu era lugar de sentar e pedir esmolas. Em segundo lugar, porque Jesus poderia nunca mais passar por ali. Como de fato não passou. Foi o seu senso de urgência que o fez clamar por misericórdia.
Enquanto clamava, mandavam-no calar a boca e não incomodar o mestre. Mas ele foi perseverante. O evangelista nos informa que ao receber esta crítica, esta palavra desanimadora ele não se retraiu; pelo contrário, clamava com mais força, gritava mais alto. E, perseverou assim até que Jesus se compadeceu dele. Foi o seu senso de perseverança que não o deixou desistir.
Quando foi curado recebeu a permissão de voltar à sua vida, à sua casa. Mas, ele não o fez. Ele seguiu Jesus pelo caminho! A estrada que era o “ponto” de esmola, lugar de miséria e estagnação; agora é lugar de caminhada com o filho de Davi, para Jerusalém. Isto é exemplo de discipulado. Foi o seu senso de compromisso que o fez seguir a Jesus.
Em meio a nossa procrastinação, o cego nos ensina a não deixarmos para amanhã a o que podemos fazer hoje. E, talvez não possamos fazer amanhã! O cego enxergou a oportunidade! E nós vamos fingir que não vemos? Bartimeu é o estandarte de vergonha para a presente geração de crentes. Pois ele ouviu uma multidão desestimuladora e prosseguiu na sua empreitada. O crente hoje se desanima e fica magoado por qualquer coisa. Não precisa de uma multidão para desistir, só de uma palavra, ou mesmo de um olhar. O ex-cego viu Jesus e não queria mais perdê-lo de vista. Seguiu a Jesus comprometendo-se com ele.
Cego, pobre e mendigo é quem não tem atitude, perseverança e compromisso.