sábado, 8 de agosto de 2009

Dia dos Pais - Oração de Filho

Pai, em meio às lágrimas posso sorrir. Na dor, alívio sentir. Na solidão, posso sentir Tua mão afagando meu coração. E, quando, naquela inesquecível manhã, a mais triste notícia da minha vida recebi, mais uma vez percebi como seria tenebrosa a vida sem Ti.

Pai, naquela manhã, tudo pareceu muito diferente pelo vazio dentro da gente. Naquela hora, por breve momento, fui descrente. Sim, recusava-me a dar crédito à fatídica notícia. Não acordei preparado para recebê-la, não era para isso que o telefone deveria tocar. No meu coração de filho, queria que ele nunca tocasse, nunca tocasse tão forte; queria que ele nem existisse para que essa dor não me transmitisse.

Pai, o dia foi igual a todos os dias, mas para mim tudo era diferente: o céu, os pássaros, os montes, as árvores, as casas, a estrada. A estrada nunca foi tão curta. Com todas as paradas e toda a lentidão, nunca cheguei tão rápido, embora o relógio teimasse em desmentir minha impressão.
Pai, não consigo descrever como as cenas da vida com meu pai passavam tão rápidas e nítidas na minha mente. Minha infância, adolescência, juventude...

Pai, creio que o Senhor me fez lembrar intensamente nos últimos dias, uma conversa com meu pai. Sentados num andaime, ele me disse, entre outras coisas: "... amanhã ou depois papai morre..." Hoje, sei que o tema da conversa não era a morte. Era apenas uma conversa de um pai com uma criança. Mas, na mente da criança ficou gravado: "... amanhã ou depois papai morre..." Contei angustiado, “amanhã e depois”, pensando que meu pai ia morrer.

Quando aqueles três dias terríveis passaram, fiquei aliviado e pensei: "Que bom! Meu pai não vai mais morrer". Por mais de vinte anos depois, eu não lembrava mais da obra, do andaime, muito menos daquela angústia que senti. Recentemente, lembrava e contava esta conversa. Contei-a um dia antes do dia 22 de julho, quando a conversa girava em torno de como as crianças interpretam algumas coisas.

Ah, Pai! Amanhã e depois passou... e tudo se resume a ontem. Mas Pai, te agradeço e reconheço que a criança do andaime não ia agüentar tanta dor. O Senhor, que no ventre da minha mãe me formou, que da morte desde então me livrou, me preparou, me guiou, me ensinou, me transformou. Com um pai, durante trinta anos me presenteou.
Obrigado meu Senhor!

Pai, te agradeço por ter tido pai. Um pai de verdade. Sim, isto ele foi. Parentes e amigos podem descrever suas virtudes e também suas falhas. Podem descrever seu carinho por ele, de muitas maneiras. Mas, para mim ele foi "muito pai". E, tu, Deus, és para mim Pai Eterno! Presente! Consolador! És meu refúgio nesta hora de dor. Sim, Deus, tu que me deste um referencial de amor paterno, és "muito Pai". E, com ternura minhas lágrimas secou.

Pai, hoje o menino pode descer, subir e tornar a descer do andaime. Pode construir sem medo de cair; edificar sem medo de errar; sorrir sem medo de chorar; viver sem medo de morrer. Pois, para ti, Deus, não existe "amanhã e depois..." És eterno, estarás sempre comigo. Me darás muitas bênçãos, como me deste meu pai.
Obrigado Senhor!

Rev. José Henrique Barbosa de Andrade
Julho, de 2004.

Esse texto foi escrito quando o Senhor me consolou na ocasião do falecimento do meu pai, Henrique de Andrade (22/07/2004).
Hoje, dedico esse texto a todos aqueles que já não têm pai, mas contam com o consolo do Grande Pai do Céu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Palavra Pastoral - O que você está fazendo?


1º Reis, 19
“Que fazes aqui, Elias?”
Foi a pergunta divina ao profeta. As perguntas de Deus são desconcertantes, pois não são questionamentos de quem quer saber, mas de quem já sabe tudo. Perguntas semelhantes foram feitas em outras ocasiões:
  • “Onde estás?” - (Gn 3:9);
  • “Onde está teu irmão?” - (Gn 4:9);
  • “É razoável esta tua ira?” - (Jn 4:3)
Hoje, a pergunta não é para Adão, Caim, Jonas ou Elias; a pergunta é para você. O que você está fazendo aí? Sim, o que você faz na fuga, na rebeldia, na solidão, no desespero? O que você está fazendo dentro da caverna; se o seu lugar é o monte Horebe, é a presença de Deus? Por vezes nos escondemos como Elias, feridos e cansados nas nossas cavernas, pois achamos que a guerra contra Jezabel é grande e longa demais. Já não há forças! Acabaram-se as reservas! Mas Deus não desiste! Encontra-nos; questiona-nos; incomoda-nos e nos ordena: saiam da caverna!

Nós obedecemos e saímos da caverna. Pelo menos a maioria dos crentes piedosos e fiéis! Mas, parece que ficamos na entrada. Como um roedor que sai de sua toca, mas fica próximo; e, ao primeiro sinal de perigo volta correndo e assustado. Somos chamados do fundo da caverna para o alto do monte. Somos chamados da fraqueza para a força. Do desânimo para o ânimo. Da maldição para a bênção. Da morte para a vida. Do inferno para o Céu. Menos do que isso, é apenas a porta da caverna! Não é Horebe; não é o Monte de Deus!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Palavra Pastoral - Elias era homem semelhante a nós


1º Reis, 19

Elias era homem como nós, afirmou Tiago. E, nós somos homens como Elias? Sim, pelo menos no que diz respeito às fraquezas que acompanham às grandes vitórias. Foram muitos os milagres realizados, mas na presente reflexão deter-nos-emos ao confronto com os profetas de Baal. O fogo desceu dos céus consumiu o sacrifício e nada sobrou, foi um verdadeiro holocausto. Elias matou 450 profetas de Baal.

Talvez o profeta estivesse certo de que agora as coisas mudariam. Diante do povo, Baal e seus profetas foram envergonhados. Deus foi exaltado! Era de se esperar uma mudança no coração do povo e do rei. Era de se esperar um retorno a Deus em fidelidade. Mas não foi o que aconteceu. A rainha Jezabel decretou a morte do profeta.

Aqui, vemos o herói da fé fugindo. Alguns diriam fugindo de uma mulher. Mas, Jezabel não era simplesmente uma mulher. Era a rainha que por sua impiedade chegou ser a personificação do mal. O profeta fugiu porque sua vida corria perigo, mas também fugiu porque seu trabalho parecia vão. O que mais era preciso para Israel abandonar a idolatria?

A fraqueza do profeta é revelada na sua fuga e na sua depressão. O texto diz repetidamente que ele dormia, levantava, comia e tornava a dormir. O sono é uma boa fuga, parece que é melhor ficar dormindo de tristeza do que vê o fracasso do Povo de Deus. Depois desta seção de “sonoterapia”, Elias se entrega à “cavernoterapia”. Ele se esconde na caverna e lamenta: “só eu sobrei... e melhor morrer...”. Quem se esconde na caverna só pode ter ideia de morcego, ideia de escuridão, ideia de treva, ideia de morte.

Somos homens como Elias! Fugimos como ele! Escondemo-nos como ele! E, somos tratados por Deus como ele! Deus não deixou o profeta dormindo; despertou-o e lhe providenciou alimento. Deus não deixou o profeta escondido na caverna; chamou-o para fora. Falou-lhe através de um cicio suave e enviou-lhe para ungir reis e profetas.

Nas nossas cavernas existências, o Senhor nos pergunta: “O que fazes aí? Vem para fora!” Ouça a voz do Senhor e saia da caverna! A caverna não é o nosso lugar! Lembre-se a caminhada é longa, mas nossa força vem do Senhor! Ele nos alimenta. Nosso lugar é Horebe! Nosso lugar é o monte de Deus!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Palavra Pastoral - Lavando as redes


Lc 5:1-11
Há muitas histórias de pescador por aí! Não estamos usando a expressão no sentido pejorativo, referindo-nos à história mentirosa. Falamos sim, de pessoas reais que saem de suas casas, lançam-se ao mar e trabalham a noite inteira, como fizera Simão e sua tripulação, mas não apanham nada. São histórias de frustrações e derrotas. É... nem sempre as coisas acontecem como esperamos.
O que fazer então? Chorar? Desesperar-se? Desistir de tudo? É o que muitos fazem! O fato narrado por Lucas mostra uma atitude diferente, uma atitude corajosa e construtiva. Depois do trabalho improdutivo, eles não estão parados. Estão lavando as redes, pois haverá um novo dia, ou melhor, uma nova noite e as redes precisarão estar limpas e prontas para o trabalho.
Talvez hoje, seja tempo de lavar as redes! Seja hora de mostrar coragem, esperança e determinação. Enquanto lavavam as redes, Jesus ensinava. Além de ensinar, olhava para a situação deles. Jesus nos olha! Ele vê a nossa situação!
O texto evolui para um milagre. Jesus manda e Pedro obedece numa afirmação de fé, despojada de toda autoconfiança. Fé não é autoconfiança, é confiança em Deus! É como se o pescador dissesse: trabalhei, dei tudo de mim, fiz a coisa certa na hora certa, mas nada funcionou. Agora “sob suas palavras lançarei as redes”. Senhor, não é a minha força, ou o meu talento; são as tuas palavras! O milagre aconteceu! Agora as redes quase se rasgavam, o barco quase afundava, de tanta provisão, de tanta bênção.
Se você não tem tido muito sucesso, não desanime meu irmão. É tempo de lavar as redes; é tempo de ouvir o Mestre; é tempo de obedecer a sua palavra; é tempo de presenciar o milagre!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Palavra Pastoral - Eis que o semeador saiu a semear...

Jesus ensinava por parábolas. Usava cenas do cotidiano para ensinar coisas profundas acerca do Reino de Deus. Esta parábola faz parte dos ensinos do Mestre sobre a natureza do Reino e sobre a forma de sua expansão. Nela está o método divino de usar homens na seara.

O texto é autoexplicativo. E, nessa reflexão não vamos nos deter aos tipos de solos ou à semente. Deter-nos-emos na figura do semeador.

A atitude do semeador é imprescindível nos acontecimentos narrados. Nada aconteceria se ele ficasse parado. Eis que o semeador saiu a semear é tônica desse texto e deve ser também o lema da nossa vida.

O semeador é um valente, é um herói! Ele sabe que há caminhos de terra batida onde perderá algumas sementes; sabe que há terreno rochoso; sabe que há terra não trabalhada onde ainda existe espinhos. Mas, nada disso impede o determinado semeador. “Eis que o semeador saiu a semear...”

O semeador é um abnegado. O seu trabalho exige que ele lance na terra a única coisa que possui de preciosa, a semente. Sem ter garantia de que haverá êxito. Assim é o abnegado semeador, abre mão do que tem, ainda que seja em meio às lágrimas da incerteza, como disse o salmista: “os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia a semente; voltará com júbilo trazendo os seus feixes.” (Sl 126). “Eis que o semeador saiu a semear...

O semeador é um multiplicador. É alguém que não se acomoda com o pouco, com a mediocridade, com a segurança da semente na mão. Grãos que alimentam, mas que acabarão; se não caírem na terra, se não morrerem, sem não produzirem, se não se multiplicarem, a cem, a sessenta, a trinta por um. Eis que o semeador saiu a semear...

A semente é a Palavra, o solo os corações dos homens, o semeador... O semeador sou eu, é você. A Palavra é a mesma, os tipos de solos se repetem. E o semeador o que está fazendo. Que a resposta seja: está semeando!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Palavra Pastoral - Construir a arca e edificar o altar

A história do dilúvio é impressionante. Nossas crianças a ouvem e se encantam. Nós nos deleitamos com esta mensagem que aponta para a salvação em Cristo, conforme a interpretação do apóstolo Pedro - (1 Pd 3:20-23).

Esta história leva-nos a refletir sobre o que fazer quando a tempestade, o dilúvio é anunciado; quer seja pelas nuvens escuras e pelos relâmpagos que iluminam o céu, quer seja pela instrução de Deus. E, o que fazer quando a tempestade passa? Bem, diante da iminência do cataclismo, Noé pôs-se a trabalhar na construção da Arca de Salvação. Quando a tempestade passou, a primeira coisa que ele fez foi edificar um altar para o sacrifício e para a adoração.

As nossas vidas, por vezes, são marcadas pelo anúncio de tempestades, que mais cedo ou mais tarde vão passar. O que fazer? Preparar-se e num ato de fé e obediência, por as mãos à obra. Quanto mais escuro o céu estiver (no meio da família, dos amigos ou do emprego), mais trabalhe. E, quando tudo passar, mesmo que haja grande destruição; adore a Deus em primeiro lugar. Construa um altar, antes mesmo de construir sua casa. Noé procedeu assim, edificou um altar antes de edificar uma casa e uma nova civilização. Nova, não por ser melhor, mas por estar debaixo de um novo pacto de graça firmado por Deus.

Diante do altar da adoração, lembremo-nos e nos apeguemos à promessa de que “Enquanto durar a terra haverá sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”. Ou seja, sempre haverá esperança.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Coquetel de Apresentação do Projeto: O Peregrino nas Escolas


No próximo sábado (04/07/2009), às 19 horas, ofereceremos um coquetel para comerciantes e empresários, com o objetivo de apresentarmos o Projeto.

Você que acompanha o nosso blog e conhece pessoas que podem patrocinar o projeto, convide-os a participarem deste coquetel. Qualquer dúvida, entrem em contato, pois teremos satisfação em esclarecer.

O coquetel ocorrerá no salão social da Igreja Presbiteriana de Heliópolis.
Rua Luciano, nº 35, Heliópolis, Belford Roxo/RJ.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Controle Ambiental em Alergias


É chegado o inverno, e com ele as alergias do aparelho respiratório (rinites, rinosinusites “resfriado de repetição”, bronquites asmáticas, asma, etc...). Os indivíduos com essas doenças apresentam sintomas quando em contato com poeira domiciliar, que se desprende dos móveis estofados, com painas e penas dos travesseiros, com lã, com os mofos, com os animais domésticos e com os inseticidas. Para que o tratamento dessensibilizante com as vacinas seja eficaz, é indispensável que o doente mantenha sob controle no seu ambiente domiciliar todos os alérgenos (causadores de alergia).
  1. Praticar exercícios físicos e procurar vida ao ar livre. (Praia é melhor que piscina)
  2. Não fumar e não deixar que fumem no ambiente do alérgico.
  3. Protetor de colchão e travesseiro - usar sobre a cama do alérgico (disponíveis em casas especializadas em produtos para pessoas alérgicas).Se preferir, forrar o colchão e o travesseiro com material sintético como tecido emborrachado, nylon, napa ou curvim.
  4. No caso de outra cama no quarto do alérgico, está também deverá ser revestida.
  5. Solução acaricida (exterminadora de ácaros): Borrifar aos poucos no estrado da cama, rodapé e piso dos ambientes mais utilizados pelo alérgico 2 vezes por semana no primeiro mês, e depois, uma vez por semana.
  6. Evitar que as crianças brinquem em tapetes ou em locais repletos de poeira.
  7. Na limpeza da casa, remover a poeira dos móveis com aspirador, flanela ou pano úmido; nunca utilizar espanador ou varrer o ambiente.
  8. Não permanecer em casa nas horas de limpeza. Evitar arrumar camas, gavetas, estantes, etc. na presença de alérgicos.
  9. Evitar substância de odor forte: inseticidas, perfumes, desinfetantes, spray, etc.
  10. Cobertores e agasalhos guardados: devem ser retirados para que sejam lavados e expostos ao sol, antes de serem utilizados no inverno.
  11. Evitar estantes de livros abertas no quarto de dormir do alérgico.
  12. Não ter tapetes ou carpetes no quarto de dormir. Se não puder retirá-lo, deverá ser revestido com plástico apropriado (Clivinil).
Sem uma estreita colaboração dos doentes alérgicos, ou dos responsáveis, em se tratando de crianças, não se obterá êxito no tratamento.


Jonas N. Mozer (Biologista Clínica) Crbio 24363/02

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Palavra Pastoral - O que você vê da janela do trem?

É paradoxal o fato de termos sido criados por Deus como seres relacionais e termos tanta dificuldade em nos relacionarmos com os outros em nossas diferenças. Ultrapassa esse paradoxo o fato de não conseguirmos ter comunhão com nossos próprios irmãos. Estamos indo para o mesmo céu, somos salvos pelo mesmo Jesus, somos ramos da mesma videira e membros do mesmo corpo. Andamos juntos, mas parece que não há acordo.
Para ilustrarmos a contradição da condição atual de muitos cristãos, tomaremos o exemplo do viajante sentado à janela de um trem que se move em seus trilhos próprios, com sua própria velocidade e direção. Os trens que passam em sentido paralelo são outros trens, mas vão em direção similar e com velocidades não muito diferentes. Estes ainda são razoavelmente visíveis, quando olhados do compartimento do primeiro trem, e deles pode-se acumular alguma informação. Mas há também os trens que passam em sentido inverso. Deles não se pode adquirir senão uma impressão confusa, reduzindo-se a uma perturbação momentânea do campo visual. Sua realidade, na prática, provoca irritação, pois interrompe o curso normal da plácida contemplação da paisagem.
Somos pessoas diferentes, com personalidades e histórias diferentes, mas estamos indo na mesma direção. Não deveríamos ter uma visão distorcida dos nossos irmãos. Em que direção você está caminhando? Lembre-se, somos peregrinos a caminho dos céus. Há um só caminho, uma só direção.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Palavra Pastoral - Fazer o Bem, Sem Olhar a Quem

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam num mesmo quarto de hospital. A cama de um deles ficava junto à única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas, devido à sua enfermidade. Em suas longas tardes, eles conversavam por horas, falando de suas famílias e histórias pessoais. Quando a conversa se tornava melancólica ou quando alguma tristeza lhes sobrevinha, o homem que ficava perto da janela, com muito esforço, sentava em sua cama e passava a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora. Aquela janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água; crianças brincavam; jovens namoravam; velhos passeavam; bandos de pássaros faziam lindas manobras; e, ao fundo, a silhueta da cidade acentuava a beleza da visão. Enquanto ele descrevia tudo com extraordinário pormenor, o outro fechava os olhos e imaginava. Estes momentos tornaram-se preciosos para o que não podia olhar pela janela, pois, apesar de não poder ver o que o seu amigo via, seu mundo também era alargado e animado pela alegre descrição de toda a atividade, cor e vida que havia do lado de fora daquele frio quarto de hospital. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou sem vida o homem de perto da janela. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem, muito triste com a morte do seu amigo, pediu para ser transferido para a cama dele. Com ajuda da enfermeira, num esforço sobrenatural, ele ergueu a cabeça para contemplar o mundo lá fora, e tudo o que o viu foi uma parede de tijolos! A enfermeira, que várias vezes havia presenciado parte das conversas deles, percebendo sua perplexidade, ajudou-o a entender:


- Ele só queria que você se sentisse melhor...



"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desistido"
Gálatas 6.9.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Palavra Pastoral - Tanto tempo fora, que perdeu até o sotaque

Todos estes viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido;
viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

Hebreus 11:13


Desde crianças admiramos os heróis! Uns são fictícios, como os super-heróis dos desenhos animados, mas outros são reais e fazem ou fizeram parte da nossa história.
No capítulo 11, da carta aos hebreus, temos uma relação dos heróis da fé. Heróis que morreram sem alcançar a promessa, mas foram fiéis até a morte. Esses heróis confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Eles eram estrangeiros, mas o que isso significa? O que é um estrangeiro? Afirmar que estrangeiro é aquele que tem origem diferente da nação em que se está, é correto; mas não revela o que um estrangeiro sente e enfrenta. Residir em terra estrangeira envolve ainda hoje, com toda a globalização, um estigma. Pois um estrangeiro é alguém que tem cultura, idioma, forma de pensar e agir diferente. Um estrangeiro, por mais tempo que resida em outro país, ainda tem sotaque, salvo as exceções. Um estrangeiro é uma pessoa esquisita. No mínimo diferente.
Precisamos nos reconhecer como estrangeiros. É triste a realidade de que como estrangeiros e peregrinos, por vezes, não tenhamos nem sotaque; muito menos desejo pela pátria celeste!
Como cidadão dos céus você é estrangeiro neste mundo. Há algo em você que lembre sua verdadeira pátria? Ou você já perdeu a cultura, o pensamento e até o sotaque? É triste, mas há irmãos que não têm nem sotaque de crente.
Não se esqueça você não é deste mundo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Peregrino - Levo uma coisa... Algo indescritível!

Preciso me apropriar da poesia de Carlos e desapropriá-la de tudo que ele quis para expressar a visão que tenho de um João chamado John Bunyan.
Leia comigo parte do poema Carrego Comigo:

Sou um homem livre
mas levo uma coisa.

Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.

Não estou vazio,
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível.

Carlos Drummond de Andrade

John Bunyan era um João, não direi um joão ninguém porque seria um ignorante engano, mas um João comum, como tantos "joões", com uma história nascida simples.
João, trabalhava com o pai, ferreiro da vila de Tarish Tinker, no interior da Inglaterra.
Com 16 anos alistou-se no exército e foi à guerra, saiu aos 19, aos 20 casou-se com Mary, aos 26 enviuvou, aos 31 anos casou-se com Elizabeth, já morando em Bedford, tornou a enviuvar.
Ele era alto, tinha cabelos ruivos, um nariz proeminente, uma boca bastante grande e olhos brilhantes.
Ele tinha uma coisa.
Eu sei o que João levava: fé, e não havia sido escolha dele e sim de Deus a fé vigorosa que carregava.
Aos 25 anos é batizado na fé cristã, e João era livre para viver sua fé como quisesse!
Aos 27 anos começa a pregar e contraria muitos pregadores ilustres, conseguindo provocar discussões históricas.
Ele escolheu alcançar o alvo da fé trilhando o caminho mais difícil!
Aos 30 anos foi processado por pregar sem licença, todos os pregadores tinham que ser licenciados, pois pregavam contra a fé do rei da Inglaterra!
Era simples: pregava, era preso por no máximo três meses (sem direitos humanos!), prometia não pregar mais e era liberado.
Quando perguntado se pararia de pregar quase posso ver nos olhos de nosso João como resposta uma versão inglesa do “não estou vazio, não estou sozinho, pois anda comigo algo indescritível” de Drummond, ou um “não sou eu mais quem vive, mas Cristo vive em mim” do apóstolo Paulo.
John Bunyan trocou três meses de prisão por 12 anos!
Por 12 anos em que foi inquirido mês a mês se pararia de pregar para ter liberdade, disse não por trazer algo indescritível dentro de si!
Algo que não o deixou vazio ou sozinho nos 4.380 dias de prisão!
Mas por fim foi libertado.
E o que ele fez pouco tempo depois?
Foi pregar numa prisão e foi preso por mais 6 meses. Só foi liberto porque as pessoas leram o livro que escreveu quando estava preso!
Sua prisão foi resultado não do que pregava, mas por ter vivido o que pregava!
Sua liberdade foi resultado da Inglaterra ter admirado o homem que fez a livro.
Quais foram as dificuldades, João?
Onde estão seus inimigos, João?
Quem era o Rei da Inglaterra, João?
São pedras esquecidas em quase 400 anos de história!
Mas o filho do ferreiro da vila é autor do livro mais lido e traduzido do mundo, depois da Bíblia. Hoje há mais de 5.000 referências em sites de busca na Internet com o seu nome!
O simples João, John Bunyan, não pode ser esquecido porque carregava algo dentro de si!
O algo indescritível que ele carregava em si foi descrito no livro O Peregrino:

Não desistir nunca do que é mais importante, não perder de vista o valor real do seu prêmio, não tirar os olhos do alvo.

O simples João, John Bunyan, não pode ser esquecido porque carregava algo dentro de si: a persistência necessária para não desistir do que acreditava!
O que você carrega dentro de você?
Participe na enquete ao lado!

Professora Eliete Duarte Ribeiro Mozer
Língua Portuguesa e Literatura

terça-feira, 2 de junho de 2009

Destaque


Estamos linkados no site do mundo cristão!
Para acessar o blog do peregrino a partir do site mundo cristão, clique aqui:

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Palavra Pastoral - O Senso de um Cego

Mc 10:46-52.

Óculos escuros, bengalas e cães-guia; remetem-nos à figura de um cego. Mas a deficiência visual, como qualquer outra deficiência, deve conduzir-nos à superação. Os cegos normalmente desenvolvem mais o tato, o olfato, o paladar e a audição. O cego de Jericó certamente tinha desenvolvido estes sentidos, mas ele merece destaque não apenas por isso, e sim por ter demonstrado bom senso. Os seus sentidos super desenvolvidos podiam fazer dele um bom cego; mas o seu senso apurado o fez voltar a enxergar.
Do texto acima podemos destacar que o cego Bartimeu teve senso de urgência; senso de perseverança e senso de compromisso.
Ao ouvir um barulho diferente e ser informado de que Jesus de Nazaré passava por ali, ele logo entendeu que aquela poderia ser a sua última oportunidade de sua vida. Primeiro, porque como cego não dia procurar Jesus pelas ruas das cidades. Para a multidão a estrada era lugar de caminhada, mas para Bartimeu era lugar de sentar e pedir esmolas. Em segundo lugar, porque Jesus poderia nunca mais passar por ali. Como de fato não passou. Foi o seu senso de urgência que o fez clamar por misericórdia.
Enquanto clamava, mandavam-no calar a boca e não incomodar o mestre. Mas ele foi perseverante. O evangelista nos informa que ao receber esta crítica, esta palavra desanimadora ele não se retraiu; pelo contrário, clamava com mais força, gritava mais alto. E, perseverou assim até que Jesus se compadeceu dele. Foi o seu senso de perseverança que não o deixou desistir.
Quando foi curado recebeu a permissão de voltar à sua vida, à sua casa. Mas, ele não o fez. Ele seguiu Jesus pelo caminho! A estrada que era o “ponto” de esmola, lugar de miséria e estagnação; agora é lugar de caminhada com o filho de Davi, para Jerusalém. Isto é exemplo de discipulado. Foi o seu senso de compromisso que o fez seguir a Jesus.
Em meio a nossa procrastinação, o cego nos ensina a não deixarmos para amanhã a o que podemos fazer hoje. E, talvez não possamos fazer amanhã! O cego enxergou a oportunidade! E nós vamos fingir que não vemos? Bartimeu é o estandarte de vergonha para a presente geração de crentes. Pois ele ouviu uma multidão desestimuladora e prosseguiu na sua empreitada. O crente hoje se desanima e fica magoado por qualquer coisa. Não precisa de uma multidão para desistir, só de uma palavra, ou mesmo de um olhar. O ex-cego viu Jesus e não queria mais perdê-lo de vista. Seguiu a Jesus comprometendo-se com ele.
Cego, pobre e mendigo é quem não tem atitude, perseverança e compromisso.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

DERE - OMEBE

O DERE é o Departamento de Ensino Religioso da OMEBE (Ordem do Ministros Evangélicos no Brasil e Exterior), presidida pelo Rev. Izaias de Sousa Maciel. É o órgão responsável pelo credenciamento de Professores de Ensino Religioso do Credo Evangélico no Estado do Rio de Janeiro.
Tomou posse no último dia 13 de maio de 2009, o Pastor Francisco Roberto Barbosa Nery – redator desta matéria – tornando-se o novo Coordenador de Ensino Religioso da OMEBE.
Um outro objetivo do DERE é dar suporte aos professores de ensino religioso do credo evangélico e gerenciar um currículo compatível com as temáticas pertinentes a um tão importante compromisso.
Na reunião, tivemos a participação do Pastor Marcos Batista, representando a Sociedade Bíblica do Brasil como gerente do Centro Cultural da Bíblia no Rio de Janeiro, apresentando e demonstrando o material de ensino religioso que a SBB criou. É um material inter e supra denominacional, totalmente bíblico e com a chancela do MEC.
Destacamos a presença do Pastor José henrique Barbosa de Andrade, da Igreja Presbiteriana de Heliópolis, que apresentou o projeto educacional “O Peregrino nas Escolas”.
O DERE - OMEBE agradece a oportunidade de contribuir nesse blog que possui dupla perspectiva:


  • Influenciar positivamente a nossa juventude com um clássico da literatura universal, orientando-a para um sentido transcendente em relação as suas vidas nesse mundo;

  • Servir como “Apologia à Verdade”, pois, o cristianismo, que é o evangelho, a apresenta de maneira insofismável e, dentre todas as filosofias existentes no mundo hoje. Necessita-se, mais do que nunca, da verdade nos meios educacionais.

Lembremos de Agostinho, que aponta na obra "A Cidade de Deus", o que ilustra “O Peregrino”, de Bunyan, as leituras do Evangelho:

"Dois amores construíram duas cidades, a saber: o amor próprio, levado até ao desprezo de Deus, fundou a cidade terrena; o amor de Deus, levado até ao desprezo de si mesmo, construiu a cidade celestial. A primeira gloria-se em si mesma e a segunda em Deus. Aquela busca a glória dos homens e esta a glória de Deus. Naquela, seus príncipes e as nações vêem-se sob o jugo da concupiscência do domínio; nesta, servem em mútua caridade, os governantes, aconselhando, e os súditos, obedecendo. Aquela ama sua própria força; esta diz a seu Deus: A vós amarei, Senhor, que sois minha fortaleza. Naquela seus sábios vivem segundo o homem e crendo-se sábios, quer dizer orgulhosos de sua própria sabedoria tornaram-se néscios e adoraram e serviram a criatura e não ao Criador. Nesta, pelo contrário, não há sabedoria humana mas piedade, que funda o culto legítimo ao verdadeiro Deus, à espera do prêmio na sociedade dos santos, de homens e de anjos, com o fim de que Deus seja tudo em todas as coisas"


(Santo Agostinho – A Cidade de Deus, 14, 28)


Fotos do Evento:





Estaremos contribuindo, sempre que possível, com esse Blog que prima pela qualidade e defesa da Educação Cristã Evangélica no País.

Pastor Francisco Roberto Barbosa Nery

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Peregrino - A Pedra no Caminho

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho.
Nunca me esquecerei desse acontecimento.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra."
Carlos Drummond de Andrade

Lembra dessa poesia? Foi um escândalo numa época em que poesia era tão certinha. Mas Drummond colocou essa frase na história das nossas vidas. Já Fernando Pessoa diz o que fará com as pedras caso surjam no seu caminho.

"Pedras no caminho? Guardo todas, com elas construirei meu castelo."
Fernando Pessoa

Viu? No caminho de todo mundo existem pedras. Mas só está no caminho quem está caminhando, ou seja, fazendo algo, dirigindo-se para algum lugar. Só não encontra pedra quem não está caminhando!
John Bunyan conta a história de um homem que sonha que está saindo de uma cidade ruim em direção a outra cidade. Por isso, é o peregrino, o que peregrina, caminha. Também é aquele que é estrangeiro. Esse é o caso de Cristão.
É estranho pelo caminho que trilha, porque ali não é o lugar dele, ele está de passagem. Ele está se dirigindo a uma nova cidade e para isso precisa escolher o caminho certo, não enganar-se em trilhas, atalhos e estar atento para os possíveis obstáculos. O problema é que ele precisa de informações para prosseguir. As pessoas que encontra na caminhada vão ajudá-lo?
Pessoas com nome de Obstinado, Flexível, Formalista, Hipocrisia, Desconfiança, Interesse-Próprio, Inveja...
São confiáveis?
E as informações são corretas?
O levarão para sua meta ou vão desviá-lo definitivamente do caminho?
Cristão conseguirá desviar-se das pedras do caminho e chegar na nova cidade?
E você conseguiria?
Vamos desvendar esse enigma...

Professora Eliete Duarte Ribeiro Mozer
Língua Portuguesa e Literatura

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Palavra Pastoral - Casamento é Prestação de Contas


"sujeitai-vos uns aos outros" (Ef. 5:21)

A declaração do apóstolo Paulo é bem diferente das afirmações de muitos: “sou dono do meu nariz, ninguém tem nada haver com a minha vida, não devo satisfações...”. A vida é repleta de relacionamentos, fomos criados para nos relacionarmos com Deus e com o nosso próximo. Somos seres relacionais.

O texto supracitado nos fornece um guia sucinto e eficaz para o relacionamento – a sujeição. O relacionamento é importante em todas as esferas da vida, mas a esfera mais vulnerável é a do relacionamento familiar. Persiste o conselho: “sujeitai-vos”.

O verbo “sujeitar” vem do grego “hypotassô” que significa literalmente cumprir ordem, obedecer, deixar-se conduzir. Diante desta definição é prudente destacar a importância da prestação de contas neste relacionamento. Não há sujeição sem prestação de contas! Não há progresso; o relacionamento não cresce, não se desenvolve sem prestação de contas. É exatamente aqui que muitos casamentos encontram seu “calcanhar de Aquiles”. Não há prestação de contas. Ninguém quer dar satisfação. É comum a queixa que ele(a) se casou, mas quer continuar vivendo como solteiro. Lembre-se casamento é compromisso e compromisso pede prestação de contas. Dê satisfação de tudo! Mesmo que não seja pedido!

Acatar a orientação bíblica; mesmo quando ela é diferente do que preceitua a nossa sociedade e a nossa própria vontade é o melhor caminho. Se você ainda é solteiro(a) e não gosta de prestar contas, não se case. Pois casamento é prestação de contas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Palavra Pastoral - A mesa do velho avô

O mês de maio é dedicado à família. Assim, o momento é oportuno para relembrarmos uma antiga história, que ilustra como o exemplo dos pais são determinantes na formação do caráter dos filhos.

“Um frágil e velho homem foi viver com o seu filho, a sua nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, e a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante.
A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão, leite era derramado na toalha da mesa. Assim, o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá, vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar. Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira.
Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima por estar só. O neto mais velho assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança:

“O que você está fazendo?”

Da mesma maneira dócil, o menino respondeu:

"Eu estou fabricando uma pequena tigela para você e mamãe comerem sua comida quando eu crescer."

O neto mais velho sorriu e voltou a trabalhar. As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do vovô e com suavidade o conduziu para a mesa familiar. Para o resto de sua vida ele comeu com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.”

Lembre-se de que as crianças são notavelmente perceptivas. Os olhos delas sempre observam, seus ouvidos sempre escutam, e suas mentes sempre processam as mensagens. Se elas nos veem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos familiares, eles imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas.

O pai sábio percebe isso diariamente. Sobre qual alicerce você está construindo o futuro filho? O seu futuro?
Lembre-se, um pai deve ao seu filho: exemplo, exemplo, exemplo...

Sejamos sábios construtores de bons exemplos de comportamento de vida em nossas funções. (leia Dt. 6)

Seja obediente à lei de Deus: "Honra o teu pai e tua mãe para que se ..." ( Êx. 20:12 )

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Palavra Pastoral - A origem do dia das mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo. Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República". Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães.

Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.

Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso. Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa à diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez.

Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todo, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio.

sábado, 2 de maio de 2009

Agenda do Peregrino

29 de Abril - Quarta Feira, às 16 horas - (Aconteceu!)
Entrevista com o Rev. José Henrique na Rádio Boas Novas sobre o projeto: "O Peregrino nas Escolas".

08 de Maio - Sexta-feira, às 15 horas -
Reunião com o Secretário de Educação do município de Belford Roxo na Escola Municipal Heliópolis. Estarão presentes a diretora, os coordenadores pedagógicos e os professores de Língua Portuguesa da Escola. Expondo o projeto estãrão o Rev. José Henrique e a professora de Língua Portuguesa, Eliete Duarte Ribeiro Mozer, membro da Igreja Presbiteriana de Heliópolis.

13 de Maio - Quarta Feira, às 13 horas -
Palestra com os coordenadores de Educação Religiosa da rede estadual de Educação do Rio de Janeiro na sede da OMEB.

Contamos sempre com a colaboração de todos!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Como colaborar?

A paz do Senhor irmãos!

Com o intuito de prosseguirmos com a obra, colocamos à disposição dos que se sentirem tocados e motivados com o projeto uma maneira de colaborar. Você pode ajudar o projeto doando livros para os alunos.

Cada livro custa R$ 15,00, e agora você pode depositar o valor que desejar em uma das contas da Igreja Presbiteriana de Heliópolis.

Lembramos que, para que o depósito feito seja identificado como para a compra de livros, solicitamos que seja inserido o pequeno acréscimo de R$ 0,37 no valor total da doação.

Exemplo:
Quero doar 1 livro > Deposite R$ 15,37.
Quero doar 2 livros > Deposite R$ 30,37.
Quero doar 10 livros > Deposite R$ 150,37.

As contas são:

Banco Bradesco
Agência: 1207
Conta corrente: 90-6

Banco Real
Agência: 0055
Conta corrente: 600.56.31-3

As contas corrente estarão sempre dispostas na barra lateral, de maneira que sejam sempre visíveis aos que se dispuserem a ajudar o projeto.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Projeto: "O Peregrino Nas Escolas, a Nossa Jornada Começa na Leitura"

  • O Projeto
    A essência do projeto é um concurso de redação e tem como público alvo os alunos de 6º ao 9º anos das Escolas Públicas. O objetivo do projeto é a valorização do aluno; despertar o prazer pela leitura e escrita; bem como, desenvolver o senso crítico. Utilizaremos o livro - “O Peregrino”, de John Bunyan, escrito no século XVII, que é o segundo livro mais lido no mundo, como base para as redações. O nosso primeiro desafio e dar um exemplar do livro para cada aluno.

  • A Motivação.
    A motivação para o aluno participar do projeto será a premiação. Que contará de um computador e curso de informática para o primeiro colocado geral; bicicletas, celulares e MP3 para os três primeiros colocados de cada classe; os trinta primeiros colocados ganharão um passeio, cujo local ainda está sendo definido.

  • Colaboradores e patrocinadores.
    O projeto só será possível com a participação de todos: igreja, instituições, empresários e toda a sociedade. Cada livro sairá por R$ 15,00. Os colaboradores poderão doar quantos livros quiserem. As doações devem ser feita em dinheiro, pois este preço está com desconto. Os patrocinadores farão doações específicas e terão a marca de sua empresa exposta em nossa página; nas folhas oficiais de redação e em banner, que serão expostos na cerimônia de premiação. Para transparência do projeto teremos um conselho fiscal com três membros nomeados pelo conselho e um membro convidado que será a diretora da escola beneficiada pelo projeto, ou funcionário indicado por ela.
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