segunda-feira, 11 de maio de 2009

Palavra Pastoral - A origem do dia das mães

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo. Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República". Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães.

Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.

Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso. Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa à diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez.

Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todo, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio.

3 comentários:

  1. Com certeza o dia das mães deve ser sempre lembrado, pois são elas que nos fazem aprender a viver. Um feliz dia das mães a todos!

    ResponderExcluir
  2. É uma pena que Anna Jarvis nunca tenha recebido a graça de ser mãe...

    ResponderExcluir
  3. DEUS USOU-A PARA DAR INÍCIO AMIM.
    Começou nela a minha vido e isso foi tão essencial que no mesmo grau que foram surgindo minhas carâncias, Deus dotou-a de sabedoria e suprimentos que ela disponibilizou fartamente a mim.
    Todos tem ou tiveram que ter uma mãe e ainda que não a reconheçam como autoridade são elas que de alguma forma preservaram nossas vidas. Vejo alguns filhos de hoje tentando esquecer esse conceito porque a vida os traiu em algum deslize, no entanto é salutar a mais sutil das honrarias que podemos dar a nossa mãe. Os presentes do segundo domingo de maio parecem ofuscar todo o descuido e ingratidão que eles trazem durante o resto do ano.
    Ser mãe não precisa ser bonita, mas precisa refletir beleza no cuidado com os filhos. Ser mãe é ser útil; é saber conduzir. Ser mãe é olhar para fora de si e perceber a necessidade daqueles que já lhe tiraram bastantes forças e formosura quando estavam próximo ( ou dentro). Ser mãe é assumir os riscos, é dar a outra face ou comprar uma briga que não arranjou. É trilhar caminhos no mesmo passo daqueles que não vão esperá-la e em certo momentos a abandonarão. Ser mãe é cuidar de alguém que se descuidará dela quando estiver mais debilitada e insegura...continua...

    ResponderExcluir